A Integração Sensorial é o processo neurológico que organiza a informação proveniente do nosso corpo e do mundo que nos rodeia de modo a usá-la no dia-a-dia.
Desde pequenos que aprendemos a experienciar o mundo através dos nossos sentidos. Apesar de normalmente ensinarmos às nossas crianças a existência de cinco sentidos – paladar, tacto, olfacto, visão e audição – existem na verdade outros sentidos que são muito importantes para o nosso funcionamento no mundo. Um desses sentidos dá-nos informação sobre a posição do nosso corpo – propriocepção – e outro ajuda-nos a manter o equilíbrio ou permanecer de pé contra a força de gravidade – vestibular. Estes sentidos ajudam-nos a manter o equilíbrio, a coordenar os movimentos da cabeça com o dos olhos, a usar o dois lados do corpo em simultâneo, a sentir a direção e a velocidade dos movimentos a a mantermo-nos numa dada posição contra a força da gravidade.
O cérebro interpreta as várias informações sensoriais que chegam do corpo e do ambiente para que possamos prestar atenção, aprender, planear e estar organizados. Este é o processo da Integração Sensorial.
A verdade é que para a maioria das crianças, a integração sensorial desenvolve-se no curso da infância nas atividades do dia-a-dia mas, para outras, a integração sensorial não se desenvolve tão eficazmente como deveria e nestes casos, um sem-número de problemas no desenvolvimento, na aprendizagem e na regulação o comportamento podem tornar-se evidentes no desempenho da criança. Para alguns pais, o momento em que percebem que o comportamento descontrolado ou insatisfatório exibido pelos seus filhos pode indicar um problema mais profundo é angustiante
COMO É APLICADA A INTEGRAÇÃO SENSORIAL?
No Instituto do Desenvolvimento, os terapeutas ocupacionais, baseiam-se nos princípios da Teoria da Integração Sensorial de Jean Ayres que guiam a intervenção terapêutica com enfoque, não só nas necessidades e competências de desempenho da criança, mas também nos seus interesses durante as sessões terapêuticas.
A intervenção ocorre numa abordagem individualizada e num contexto de brincadeira, de maneira a permitir que a criança desenvolva competências de um modo divertido e motivante (automotivante).
O terapeuta ocupacional proporciona apenas o auxílio necessário para que as dificuldades sejam ultrapassadas pela própria criança com um grau adequado de sucesso.
A abordagem de Integração Sensorial é essencialmente centrada na família. No Instituto do Desenvolvimento, para que a intervenção seja o mais eficiente possível, a família é ativamente envolvida, numa troca constante de informação relativa as reações da criança, nas várias situações do seu dia-a-dia, para ajudar a compreender melhor a criança, conduzindo, assim, a uma intervenção mais eficiente.