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A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica, autoimune, inflamatória e degenerativa, que afeta o Sistema Nervoso Central.

O mecanismo da doença assenta num erro do sistema imunitário que leva a que a mielina (uma bainha que rodeia, alimenta, protege e isola eletricamente as extensões dos neurónios, per­mitindo a rápida transmissão de impulsos) seja considerada como um corpo estranho e seja atacada.

A doença surge frequentemente entre os 20 e os 40 anos de idade, ou seja, entre os jovens adultos. Afeta com maior incidência as mulheres e estima-se que em todo o mundo existam cerca de 2.500.000 pessoas com EM (dados da Organização Mundial da Saúde) e em Portugal mais de 8.000 pessoas tenham a doença (Gisela Kobelt, 2009).

O diagnóstico é feito através da observação dos sintomas clínicos, das imagens de ressonância magnética (permitem visualizar as lesões) e dos elementos biológicos: análises do líquido cefalorraquidiano (que envolve o sistema nervoso central) recolhido por punção lombar.

Os sintomas são inúmeros:

  • fraqueza
  • fadiga
  • dor
  • dormência
  • alterações na marcha
  • espasticidade (sensação de rigidez e espasmos musculares)
  • tremor
  • problemas de visão
  • problemas respiratórios
  • convulsões
  • tonturas
  • alterações na fala
  • alterações na deglutinação
  • perda de audição
  • dificuldades cognitivas
  • alterações emocionais
  • depressão
  • disfunção sexual
  • problemas intestinais
  • disfunção da bexiga
  • problemas de bexiga

A maioria destes sintomas pode ser controlada, de forma muito eficaz, com medicação, fisioterapia, hidroterapia e outras estraté­gias de gestão de sintomas por uma equipa interdisciplinar de profissionais de saúde cujo objetivo principal é melhorar e manter a função e a autonomia, da pessoa com EM.

Marta Gomes

Fisioterapeuta

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